CONVITE

ATENÇÃO

REUNIÃO DA CAMARA TEMATICA DE SEG. ALIMENTAR DO CONSAD (CTSANS) E REDE SANS

Todas as 1° quarta -feiras do mês.
Horario: 14 hs
Local: INCRA / IBS
End: Peru , 434 - Jd. America ( proximo a Nova Escapamento)

NÃO FALTEM...


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

REUNÃO DA REDE SANS DE REGISTRO

LOCAL: CEREST    
END:  FILOMENA  ABY AZAR, 45
CENTRO - ( PRÓXIMO AO RESTAURANTE ALTANEIRA)
HORARIO: 14 HS AS 16 HS




PAUTA:  BALANÇO DE 2011;
               PLANEJAMENTO DE 2012;
               COMSANS...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

HORTA NA PET


AMOSTRAS DE ALIMENTOS COM RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS

Definidas as bases para continuidade da parceria entre ASA e MDS

27 de janeiro de 2012


A Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) firmaram, nesta quinta (26), em Brasília, as bases para formatação de dois novos Termos de Parcerias que permitirão a continuidade das políticas de convivência com o Semiárido executadas pela ASA, garantindo água para beber e produzir alimentos para as famílias do meio rural. A parceria se materializa no apoio ao Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e ao Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da ASA e inseridos no Programa Água para Todos do governo federal.
 
Com esta ação, o governo federal, por meio do MDS, confirma o compromisso de continuidade e ampliação das parcerias com a sociedade civil, após uma mobilização que envolveu cerca de 15 mil pessoas em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), no final de dezembro passado e uma série de reuniões entre a ASA e o MDS que vinham construindo, gradativamente, este resultado.
 
Os novos Termos de Parceria vão garantir o repasse de R$ 138.750.000,00 para ações de mobilização e capacitação de famílias agricultoras e construção de tecnologias sociais de armazenamento de água para consumo humano, produção de alimentos e criação animal.
 
Do total, R$ 68.750.000,00 serão destinados para que famílias tenham acesso à água potável para beber e cozinhar com a construção de cisternas de placa de 16 mil litros, durante o período de oito meses. E os R$ 70 milhões restantes estão previstos para a implementação de tecnologias sociais de produção de alimentos, num prazo de seis meses.
 
“Vivemos um momento significativo, com a recomposição da histórica parceria entre a ASA e o MDS. Importante para a ASA por continuar sua ação libertadora de convivência com o Semiárido e importante para o MDS por manter junto a si um parceiro tão ativo e vivo como a ASA. Este momento, no entanto, não marca a vitória da ASA e nem do MDS, mas sim a vitória do povo do semiárido, ao manter ações e estratégias vitais para sua cidadania e liberdade”, avalia Naidison Baptista, coordenador da ASA pela Bahia.
 
Fonte: Ascom/ASA

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Consea escolhe Lula como presidente de honra

25 de janeiro de 2012


O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) concedeu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o título de presidente de honra do órgão. O Consea foi criado em 1994, na gestão Itamar Franco, foi  desativado em 1995 e reativado em 2003, na primeira gestão de Lula.

A escolha foi feita, por aclamação, pelos participantes da 26ª Reunião Plenária do Conselho, realizada em 7 de dezembro. A proposta foi apresentada pelo médico e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Malaquias Filho, que é conselheiro.   

"É um reconhecimento a tudo que ele fez pela causa da segurança alimentar e nutricional no Brasil e no mundo", justificou o conselheiro Malaquias Filho. "Lula colocou a segurança alimentar e o nosso país na agenda global", completou, sob aplausos dos participantes da reunião.

"É um reconhecimento justo e simbólico, feito a alguém que contribuiu decisivamente para colocar a segurança alimentar e nutricional na agenda do Brasil e do mundo", comentou o presidente do Consea, Renato S. Maluf. "Nós pretendemos entregar essa honraria a ele [Lula] em alguma das primeiras plenárias deste ano, só dependemos da disponibilidade da agenda dele", completou.

Segurança alimentar e inclusão produtiva estão no Fórum Social


A importância da segurança alimentar e da inclusão produtiva para a redução das desigualdades foi destacada na abertura da programação do Fórum Social Temático (evento que antecede o Fórum Social Mundial), nesta terça-feira (24), no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O fórum reúne ativistas de organizações da sociedade civil e representantes de governos de vários países até domingo (29), na capital gaúcha.
“É muito bom estar no início do Fórum Social, principalmente quando os primeiros temas citados são a segurança alimentar e o ano internacional do cooperativismo”, disse Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Maya ressaltou ainda que o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, também fez menção a temas relacionados às atividades do MDS. “Ele trouxe a pauta das compras públicas, das contas institucionais”, completou.
Em sua primeira visita ao país na condição de diretor-geral da FAO, Graziano lembrou que o Brasil tem uma imagem positiva no cenário mundial. “Quero aproveitar essa imagem para alavancar o apoio mundial ao cooperativismo, meio de difundir as boas práticas, especialmente na agricultura familiar”, disse.
O Brasil, assinalou, teve avanços significativos na redução da pobreza, graças aos investimentos em programas de transferência de renda como o Bolsa Família – uma das estratégias do Plano Brasil Sem Miséria. Por isso, destacou, o país tem muito a ensinar a outras nações, “especialmente da África”.
Graziano citou o Programa de Cisternas e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) como modelos que a FAO pretende adotar em outros países, promovendo a compra de produtos da agricultura familiar para destinar à alimentação escolar, a exemplo do que é feito no Brasil.
Fonte: Ascom/MDS


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dia 11 de janeiro é o dia de combate a poluição por uso de agrotóxicos




O uso de agrotóxicos na produção agrícola e a contaminação dos alimentos por estes elementos tóxicos têm sido preocupação no âmbito de saúde pública. Um estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciado em 2001, mostra que muitos dos alimentos que consumimos normalmente estão contaminados.
Segundo a própria Anvisa, os agrotóxicos “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”.
O Projeto de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), realizado pela Anvisa em conjunto com os órgãos de vigilância de 25 estados participantes, mais o Distrito Federal, analisou diversos legumes, frutas e vegetais para ver o quão contaminado eles estavam.
Entre as amostragens analisadas, os alimentos que foram contaminados com uma frequência maior foram: pimentão (80,0%), uva (56,40%), pepino (54,80%), morango (50,80%), couve (44,20%), abacaxi (44,10%), mamão (38,80%), alface (38,40%), tomate (32,60%) e beterraba (32,00%).
Esses alimentos podem ser encontrados facilmente no prato do brasileiro e, que muitas vezes são consumidos com o objetivo de ganhar saúde. Em nossa galeria, você pode conferir a tabela feita pelo órgão mostrando os alimentos que foram estudados; o número de mostras analisadas; a quantidade de agrotóxicos ilegais encontrados; a quantidade de agrotóxicos legais, mas que estavam acima do limite; os que possuíam agrotóxicos ilegais e legais em excesso; e o número de elementos considerados insatisfatórios.
Para se evitar a contaminação por agrotóxicos, o ideal é consumir produtos orgânicos. Mas nem sempre é possível, pois tais alimentos são caros e dificilmente encontrados nas grandes cidades. Por isso é aconselhável sempre tomar muito cuidado com os produtos, antes de comprá-los, e sempre lavar os alimentos antes de consumi-los.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ONU declara 2014 Ano Internacional da Agricultura Familiar



A agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante reunião realizada em dezembro, a Assembleia Geral da ONU declarou 2014 o Ano Internacional da Agricultura Familiar. A declaração inédita para o setor é resultado do reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agropecuário sustentável desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta. 

“Com esta decisão, a ONU reconhece a importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e para a segurança alimentar em todo o mundo – num momento em que este organismo vem manifestando sua preocupação para com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países”, analisa o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. 

A declaração é considerada uma vitória das 350 organizações de 60 países ligadas à agricultura familiar que apoiaram uma campanha iniciada em fevereiro de 2008 em favor dessa decisão, na qual o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) teve papel importante. É considerada também êxito da atuação da Coordenação de Produtores da Agricultura Familiar do Mercosul (Coprofam) da qual participa a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), ambas com atuação na Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf). 

“Foi uma vitória importante do ponto de vista político para fortalecer a agricultura familiar em todo o mundo. A Contag esteve mais de dois anos empenhada nessa campanha. Essas 350 organizações se uniram para sensibilizar governos a fim de que ela fosse reconhecida como instrumento de erradicação da fome de mais de um bilhão de pessoas, a estabelecer um tipo de agricultura que mantenha gente no campo e a fortalecer o sistema de agricultura familiar”, afirmou o presidente da Contag, Alberto Broch. 

Florence salienta que a agricultura familiar – a qual no Brasil produz 70% dos alimentos consumidos pela população -, já é prioridade da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e que a própria eleição do brasileiro José Graziano para a direção geral da organização foi um dos sintomas dessa nova atitude. “Graziano coordenou a elaboração e foi o responsável pela implantação do programa brasileiro Fome Zero, que assegurou a alimentação regular de milhares de brasileiros que estavam em situação de fome. 

O ministro lembra que o governo brasileiro, por meio do MDA, tem impulsionado o setor da agricultura familiar por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que fechou 2011 com uma carteira de crédito ativa de R$ 30 bilhões, mais de 3,2 milhões de contratos ativos e com inovações importantes para a melhoria da qualidade de vida e geração de renda do segmento, como o Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). “Aperfeiçoar o crédito, a assistência técnica, o apoio à comercialização e as políticas públicas construídas ao longo dos últimos anos e aprimoradas em 2011 são nossos objetivos para 2012”, disse o ministro. 

Em artigo recente publicado em jornal de grande circulação, o diretor-geral recém empossado da FAO, José Graziano, afirmou que “a agricultura familiar, considerada por muitos um passivo, na verdade é um ativo estratégico dessa travessia. Ela aglutina a carência e o potencial de milhares de comunidades em que se concentram os segmentos mais frágeis da população. Qualquer ganho na brecha de produtividade aí ampliará substancialmente a disponibilidade de comida na mesa dos mais pobres e de toda a sociedade, reduzindo a dependência em relação a alimentos importados e protegendo a economia da volatilidade das cotações internacionais”. 

Na avaliação do chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial do MDA, Francesco Pierri, trata-se de uma declaração importante porque fortalece o modelo da agricultura familiar perante as instituições multilaterais e a comunidade internacional. “Não é uma proclamação vinculante, porém, ela é forte. Basta ver a atenção às comunidades afrodescendentes que ocorreu em 2011 e, em 2012, será o Ano Internacional das Cooperativas, ou seja, esperamos que ocorram avanços nesse setor”, disse Pierri. Segundo ele, “a expectativa no MDA é que com essa declaração, também os blocos regionais passem a se ocupar da agricultura familiar de forma conjunta, tais como o faz o Mercosul por meio da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf)”, observa. 

De acordo com dados de 2007 do Banco Mundial, “atualmente há três milhões de pessoas que vivem em zonas rurais cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável”. 

O documento final da Conferência Mundial de Agricultura Familiar, realizadas em outubro do ano passado, intitulado “Alimentar o mundo, cuidar do planeta”, dá conta de que atualmente há 1,5 milhão de agricultores familiares trabalhando em 404 milhões de unidades rurais de menos de dois hectares; 410 milhões cultivando em colheitas ocultas nos bosques e savanas; entre 100 e 200 milhões dedicados ao pastoreio;  100 milhões de pescadores artesanais; 370 milhões pertencem a comunidades indígenas. 
Além de mais 800 milhões de pessoas que cultivam hortas urbanas. No Brasil, segundo o Censo Agropecuário de 2006, entre 1996 e 2006, havia 13,7 milhões de pessoas ocupadas na agricultura familiar. 

A agricultura familiar no Brasil 
A agricultura familiar é hoje responsável por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. De acordo com o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no país -, são fornecidos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38,0% do café, 34% do arroz, 58% do leite, possuíam 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e produziam 21% do trigo. 
No Censo Agropecuário de 2006 foram identificados 4,3 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares, o que representa 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Este segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação de pessoal no meio rural (12,3 milhões de pessoas). 

Pela lei brasileira (11.321/2006) que trata da agricultura familiar, o agricultor familiar está definido como aquele que pratica atividades ou empreendimentos no meio rural, em área de até quatro módulos fiscais, utilizando predominantemente mão-de-obra da própria família em suas atividades econômicas. A lei abrange também silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Lançado o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis



O Ministério do Meio Ambiente lançou em novembro o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), durante reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente. O documento prevê ações a serem realizadas pelo governo, pelo setor produtivo e pela sociedade nos próximos 10 anos. O objetivo é direcionar o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. O Projeto Criança e Consumo foi uma das iniciativas que contribuíram para o plano, apontando a relação entre publicidade infantil, consumismo e sustentabilidade.

O plano articula as principais políticas ambientais e de desenvolvimento do país, como as Políticas Nacionais de Mudança do Clima e de Resíduos Sólidos e o Plano Brasil Maior. No seu primeiro ciclo, de 2012 a 2014, ele será financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo Plano Plurianual (PPA), e terá seis prioridades: o  aumento da taxa de reciclagem, a educação para o consumo sustentá vel, o fortalecimento da agenda ambiental na administração pública, as compras públicas sustentáveis, as construções sustentáveis e varejo e consumo sustentáveis.

O projeto faz parte de um movimento global pela implementação de um modelo econômico e social mais sustentável, que promova mudanças nos padrões de consumo e produção em todo o planeta. O Brasil, assim como cada país membro das Nações Unidas, deve desenvolver seu plano de ação para os próximos 10 anos. O PPCS foi elaborado sob a coordenação do Pnuma e do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, além de contar com participação de governos nacionais, agências de desenvolvimento, setor privado, sociedade civil e outros atores, através de consulta pública.  De acordo com o Instituto Alana, "ao direcionar campanhas de marketing para o público infantil, o mercado se aproveita da vulnerabilidade da criança e estimula ao consumo um público que não tem ainda co ndições de refletir sobre o quê e como está consumindo, fomentando assim um padrão de consumo completamente inconsciente e insustentável".

"O discurso publicitário, que vincula o consumo à felicidade, se contrapõe à educação para um consumo mais consciente, que, quando atrelada a educação ambiental, ensina não só a cuidar do planeta, economizando recursos naturais e minimizando nossa produção de resíduos, como faz com que as crianças pensem sobre o quê, quanto e como tem consumido", afirma a entidade, em seu site oficial.

"É necessária a ação conjunta de pais, escolas, empresas e do Estado na mudança da nossa relação com o consumo. Neste trabalho, são essenciais a atuação de pais e educadores no ensino de noções de cidadania e sustentabilidade, de empresas na responsabilidade socioambiental nas práticas comerciais, e do Estado na proteção das crianças nas relações de consumo e principalmente frente à comunica� �ão de mercado que lhes é endereçada", defende o instituto.

Veja mais sobre o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis:
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=234&idMenu=12257

Confira o Especial do Criança e Consumo sobre Sustentabilidade:
http://www.alana.org.br/_news/dez-2008/ed-sustentabilidade/newsletter-dezembro-2008-ed-sustentabilidade-online.html

Fonte: Instituto Alana

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Relatório sobre agrotóxicos no Brasil confirma riscos





Avião borrifador de agrotóxicos. Foto: Santiago Nicolau
Aprovado o relatório final da subcomissão na Câmara Federal que analisa o impacto dos agrotóxicos no Brasil, que hoje é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. O documento aponta como problema principal, “forte correlação” entre o aumento da incidência de câncer e o uso desses produtos.

De acordo com o trabalho, em Unaí (MG), por exemplo, cidade com grande concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes. A incidência mundial média encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período.

Segundo afirma o relator, deputado Padre João (PT-MG), que sugeriu a criação da subcomissão no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Saúde, “diversos estudos científicos” indicam estreita associação entre a exposição a agrotóxicos e o surgimento de diferentes tipos de tumores malignos. “Eu concluo o relatório não tendo dúvida nenhuma do nexo causal do agrotóxico com uma série de doenças, inclusive o câncer”, sustenta.

Contaminação

O texto aprovado menciona também estudo realizado na cidade de Lucas do Rio Verde (MT) que constatou a presença desses compostos no leite de 100% das nutrizes (mulheres que estão amamentando) analisadas. “Além das proteínas, vitaminas e anticorpos, a amamentação dos recém-nascidos de Lucas do Rio Verde também fornece agrotóxicos”, afirma Padre João.

Na pesquisa também foram observadas, segundo o relatório, malformações em 33% dos anfíbios de um curso d’água da região e de 26% em outro. No grupo de controle, o índice teria ficado em 6% de casos.

Alimentos

De acordo com dados do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentados à subcomissão, todos os 20 alimentos estudados nos 10 anos de vigência do programa apresentaram contaminação por agrotóxicos não indicados para sua cultura. Teriam sido encontrados ainda resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos nos alimentos.

Segundo o relatório, o Brasil hoje é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Apenas em 2010, foi comercializado 1 milhão de toneladas das substâncias no território nacional. “No mundo, o crescimento do consumo de agrotóxicos foi de menos de 100% entre 2000 e 2009, enquanto no Brasil atingiu 200%”, compara o relator.

Veja as propostas do texto, como a redução de benefícios fiscais aos agrotóxicos no site do Observatório Eco.

*Esse artigo foi publicado em parceria com o Observatório Eco


Dados de agrotóxicos




Veja na tabela abaixo, a situação de agrotóxicos sob reavaliação no Brasil. Note-se que os 14 ingredientes sob monitoramento da Anvisa representam apenas 1,4 % das 431 moléculas autorizadas para serem utilizadas como agrotóxicos no país.

Lista de substânciasAlguns países onde está proibidoProblemas relacionadosSituação atual
Abamectina Toxicidade aguda e suspeita de toxicidade reprodutiva do IA e de seus metabólitosAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
AcefatoComunidade EuropeiaNeurotoxicidade, suspeita de carcinogenicidade e de toxicidade reprodutiva e a necessidade de revisar a Ingestão Diária Aceitável (IDA)Anvisa já publicou consulta pública com indicação de banimento do país, entretanto ainda não foi publicada uma decisão
CarbofuranoComunidade Europeia, Estados UnidosToxicidade aguda, suspeita de desregulação endócrinaAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
CihexatinaComunidade Europeia, Japão, Estados Unidos, CanadáToxicidade aguda, suspeita de carcinogenicidade para seres humanos, toxicidade reprodutiva e neurotoxicidadeDecisão publicada: produto será retirado do mercado brasileiro até novembro de 2011
EndossulfamComunidade Europeia, Índia (só está autorizada a produção do agrotóxico)Toxicidade aguda, suspeita de desregulação endócrina e toxicidade reprodutivaPublicada a decisão, produto será retirado do mercado brasileiro a partir de 31 de julho de 2013
ForatoComunidade Europeia, Estados UnidosToxicidade aguda e neurotoxicidadeAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
FosmeteComunidade EuropeiaNeurotoxicidadeDecisão publicada: produto será mantido no mercado com restrições de uso
Glifosato Larga utilização, casos de intoxicação, solicitação de revisão da Ingestão Diária Aceitável (IDA) por parte de empresa registrante, necessidade de controle de impurezas presentes no produto técnico e possíveis efeitos toxicológicos adversosAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
LactofemComunidade EuropeiaCarcinogênico para humanosAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
MetamidofósComunidade Europeia, China, ÍndiaToxicidade aguda e neurotoxicidadeDecisão publicada:  produto será retirado do mercado brasileiro até 2013
ParaquateComunidade EuropeiaToxicidade aguda e toxicidadeAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
Parationa MetílicaComunidade Europeia, ChinaNeurotoxicidade, suspeita de desregulação endócrina, mutagenicidade e carcinogenicidadeAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
TiramEstados UnidosEstudos demonstram mutagenicidade, toxicidade reprodutiva e suspeita de desregulação endócrinaAinda não houve publicação de consulta pública com indicação da Anvisa
TriclorfomComunidade EuropeiaNeurotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade reprodutivaDecisão publicada:  produto será retirado do mercado brasileiro imediatamente
 
 

Agrotóxico: os 10 alimentos mais perigosos


Lúcia Nascimento
13.09.2010

Pimentão: no Brasil, vilão do agrotóxico - foto: Tamara Dunn
Com saudade daquele moranguinho com creme? Gosta de uma couve na sua feijoada? Pois, cuidado. Um estudo divulgado esse ano pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocou esses alimentos entre os mais perigosos para o consumo, por terem grande chance de sofrer contaminação excessiva ou uso errôneo de agrotóxicos. Aqui está, em ordem do mais perigoso para o menos, a lista dos top 10: pimentão (80,0%)uva (56,40%)pepino (54,80%)morango (50,80%),couve (44,20%)abacaxi (44,10%)mamão (38,80%)alface (38,40%)tomate (32,60%) beterraba (32,00%).
Da ANVISA, sobre os resultados do relatório:
…chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós. Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil. De acordo com Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”. (grifo nosso)
A tabela a seguir mostra os resultados da pesquisa, que analisou amostras de 20 tipos de vegetais. Em 15 delas, encontrou agrotóxicos usados de forma irregular. A 1ª coluna mostra o número de amostras analisadas por alimento. Em seguida, na coluna ‘Não autorizados para cultura’, aparece o número absoluto e percentual das amostras onde aparece o uso irregular de agrotóxicos. No mesmo formato, a 3ª coluna ‘Acima do limite máximo de resíduo’ destaca as amostras que continham quantidades de agrotóxicos permitidos, mas além dos limites seguros. A 4ª coluna mostra a intersecção das amostras que se encaixam nas duas categorias. E, finalmente, a última coluna, mostra a chance de contaminação do alimento de acordo com a soma das modalidades anteriores. Os 5 alimentos que têm chance de contaminação abaixo de 10% estão marcados em verde água (de novo, o colorido é nosso). É um panorama nada animador, pois essa lista contém boa parte dos vegetais que, até mesmo por razões de saúde, somos incentivados a consumir.
A alternativa eficaz para evitar pesticidas é consumir orgânicos. Mas nem sempre isso é possível – já que esses vegetais costumam ser mais caros e não são encontrados em quantidade suficiente em todas as cidades. Por isso, uma solução intermediária é tentar eliminar os resíduos de agrotóxicos, quando possível. A nutricionista Cláudia Cardim, coordenadora do curso de nutrição da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, dá as dicas para isso.
  • No caso de alimentos de origem animal (que podem ter sido contaminados pelos agrotóxicos pela água ou pela comida), retire a gordura aparente, pois algumas dessas substâncias são armazenadas no tecido gorduroso
  • Lave frutas e verduras em água corrente por pelo menos um minuto, esfregando com uma esponja ou escova
  • Tire as folhas externas das verduras e descasque as frutas, pois essas partes concentram mais agrotóxico
  • Diversifique os vegetais consumidos no dia a dia, pois isso reduz a ingestão de quantidades maiores de um mesmo agrotóxico
  • Como alguns pesticidas podem ser utilizados na fase final da maturação do alimento, reduza o risco comprando frutas e legumes mais verdes, e espere alguns dias antes de consumi-los.

Torta das sobras

ngredientes: 02 ovos
1 xícara de leite
1 xicara de farinha de trigo com fermento
2 colheres de queijo ralado
Sobras de saladas (tomate, couve-flor, cebola, pimentão) Talos de couve, alface, couve chinesa, etc.

Modo de preparo:  Colocar no liquidificador e bater nesta ordem. A quantidade você escolhe de acordo com a forma.

Dica: ao untar a forma com bastante oleo, usar a sobra na receita.

Bolinho de folha de beterraba


Ingredientes: 6 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 ½ xícara (chá) de folhas de beterraba picadas
2 ovos
Uma cebola picada
6 colheres (sopa) de cheiro verde picado
½ colher (chá) de fermento em pó
Óleo para fritura
Sal a gosto 

Modo de preparo:  Pique bem as folhas de beterraba e reserve. Em um recipiente adequado, coloque a farinha de trigo e acrescente os ovos. Em seguida, coloque a cebola, o cheiro verde, as folhas de beterraba, o sal e o fermento. Misture todos os ingredientes. Frite os bolinhos, às colheradas, em óleo bem quente. 

MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS (MMC) REALIZA CAMPANHA EM DEFESA DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS


Está em curso desde o dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher) a Campanha do Movimento de Mulheres Camponesas “Produzir Alimentos Saudáveis, cuidar da vida e da natureza”.  
A Campanha pela Produção de Alimentos Saudáveis quer reunir as mulheres do campo e da cidade, a fim, de afirmar a soberania alimentar dos povos e fortalecer a luta em defesa da vida.  
As ações da Campanha acontecem em 5 dimensões: 
Política: construção de pautas com proposições nas várias áreas das políticas públicas, no sentido dos governos investirem recursos a partir das metas da campanha; 
Ambiental: construção do debate sobre crise de civilização que a humanidade está atravessando e a necessidade de cuidar da vida. 
Ética, cultural e feminista: construção de valores e princípios de vida, de solidariedade, na construção de novas relações humanas e com a natureza, superando todas as formas autoritárias, patriarcais e discriminatórias de poder. 
Mudanças cotidianas: construção de praticas no cotidiano das mulheres e famílias camponesas de fortalecimento do Projeto Popular de Agricultura Camponesa, valorizando quem trabalha, a natureza e produzindo para o bem da humanidade; 
Econômica e Social: construção de mecanismos, instrumentos de viabilização e potencialização da agricultura camponesa; fortalecimento de redes solidárias de trabalho e consumo; valorização do trabalho feminino; ações de combate à fome e à miséria no campo e na cidade, avançando na luta pela soberania alimentar, autonomia dos povos, especialmente das mulheres. 
Com esta Campanha queremos avançar na luta pela soberania alimentar, contribuindo no combate à fome e à miséria, tornando visível o grande potencial de produção de alimentos que a agricultura camponesa possui, evidenciando o papel das mulheres neste processo, bem como, sensibilizar a sociedade para a situação de degradação da natureza e a necessidade de retomar o cuidado com a vida.   

POPULAÇÃO NEGRA E INSEGURANÇA ALIMENTAR


Maria Noelci Homero
Fernanda Souza de Bairros

Regina da silva Miranda 


Este texto tem como objetivo discutir sobre desigualdades raciais e segurança alimentar no contexto do Direito Humano à Alimentação Adequada - DHAA.
Por muito tempo as ações e políticas públicas para melhoria de condição de vida não contemplaram de forma específica a população negra. Após contundentes reivindicações de atores da sociedade civil e do movimento negro a temática racial passou a ser considerada nas discussões sobre as condições de vida dos diferentes grupos na sociedade brasileira. Diante disso, salienta-se a importância do fator racial como dado a ser incluído na formulação e execução das políticas públicas, pois muitas vezes as diferenças fenotípicas da raça, como por exemplo a cor da pele, atuam como indicadores para a distribuição diferencial dos direitos, levando como conseqüência à desigualdade racial.
Alguns dados econômicos e sociais vêm mostrando a desigualdade racial existente no Brasil. De acordo com Henriques (2001) a diferença de escolaridade entre brancos e negros é de 2,3 anos de estudo, e a população branca recebe salários cerca de 2,5 vezes maiores que a população negra. Em relação à qualidade de vida, Bento, referindo-se ao Instituto Interamericano Sindical pela Igualdade Racial (INSPIR) diz que 73,1% dos negros vivem em habitações precárias, como barracos, casas de palha ou madeira, contra 25,9% dos brancos na mesma condição. E grande parte destes não tem água canalizada interna, esgoto encanado e energia elétrica.
A situação socioeconômica precária em que vive a população negra é a expressão da violação de diversos enfoques do Direito Humano como o direito à moradia, direito ao meio ambiente sadio, direito à educação e o mais fundamental dos direitos humanos, o direito a uma alimentação adequada, com qualidade e quantidade suficiente, respeitando a diversidade cultural sem comprometer o acesso a outras necessidades básicas.   
Segundo a pesquisa do IBGE (2004) que utilizou pela primeira vez a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) revelou que 13,921 milhões de pessoas passam fome no Brasil e que dos 52 milhões de domicílios particulares estimados, em 6,5% deles residem pessoas com insegurança alimentar grave. A insegurança alimentar é visível e reforça a desigualdade econômica entre raças. No Brasil, 11,5% da população negra vivia em situação de insegurança alimentar grave; entre os brancos o percentual cai para 4,1%. Em contrapartida a população que vivia em domicílios com garantia de acesso aos alimentos em termos qualitativos e quantitativos era 71,9% de brancos e 47,7% de negros. É importante salientar que as diferenças na proporção de insegurança alimentar grave de acordo com a raça (os que realmente passavam fome) se reproduziram em todos os estados brasileiros, com maior magnitude nas regiões sudeste, sul e centro-oeste.
Somos o segundo maior país em população negra, a 12ª economia do mundo, o segundo maior produtor de alimentos, um dos maiores exportadores de alimentos  e contraditoriamente só perdemos em concentração de renda para Serra Leoa. Somos um parque de contradições onde convivem o melhor bioma para a qualidade de vida humana, a melhor oferta natural de alimentos e água pura, 30% das espécies vivas do planeta estão em nosso território e não conseguimos transformar essas riquezas em qualidade de vida para todos, coabitamos com pessoas em situação de extrema insegurança alimentar entre as quais as populações negras são a maioria. Ainda cabe-nos superar as grandes desigualdades entre populações negras e brancas, resgate desta dívida histórica que o Brasil tem com o povo negro, pois foi às custas de seu suor e de seu sangue que conquistou destaque na economia mundial. Cumpre-nos editar um novo modelo soberano de desenvolvimento pautado na qualidade de vida das pessoas e dos grupos sociais, focado na reparação das diferenças históricas, seja investidor social, seja fortalecedor da economia interna, seja preservador e recuperador das riquezas naturais. Repensar um modelo para além do conceito exportador, enriquecedor de poucos e gerador de miséria, achatador dos investimentos sociais e devastador de bens naturais não renováveis e ao mesmo tempo em que  endividante.
É inadmissível aceitar que em pleno século 21, milhões de pessoas passem fome, pois essa é a manifestação mais extrema da pobreza e da privação humana. Para Henriques (2001), a pobreza brasileira tem estreita relação com a desigualdade na distribuição de recursos, e não na escassez dos mesmos. Isso significa dizer que o Brasil, tanto em termos absolutos como em relação aos diversos países do mundo, não pode ser considerado um país pobre, mas sem dúvida alguma, deve ser considerado um país extremamente injusto. Com isso, nascer negro ou negra está diretamente relacionado à possibilidade de estar vinculado à pobreza, pois a população negra concentra-se nos piores indicadores econômicos. Esta realidade vem demonstrando a ausência de ações mais efetivas no que se refere à população negra. Isso não significa que não haja ações que a contemplem, mas as políticas universais não têm conseguido diminuir as diferenças étnico raciais entre as populações mais pobres. É preciso que as políticas sejam direcionadas e específicas e que contemplem efetivamente a redução das desigualdades raciais.
A fim de reduzir essas desigualdades e assegurar à população negra o Direito Humano à Alimentação Adequada, a Comissão de Políticas para Segurança Alimentar e Nutricional das Populações Negras, do Conselho Nacional de Segurança alimentar e Nutricional (CONSEA), órgão de aconselhamento da Presidência da República, apresenta em seus objetivos a incorporação da temática racial à construção da Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); a potencialização e divulgação de ações já desenvolvidas junto à população negra na área de SAN; o fortalecimento da produção e comercialização de alimentos por populações remanescentes de quilombos e o aproveitamento da capilaridade das comunidades religiosas de matriz africana. Entre os 13 pontos do plano de ação desta comissão está a construção de um sistema integrado e diversificado de informações de indicadores sobre (in)segurança alimentar e nutricional capaz de monitorar a situação da população negra no país, respeitando e envolvendo comunidades e grupos específicos e viabilizar junto aos órgãos competentes assistência técnica e financiamento aos empreendimentos da economia solidária que atendam às vocações regionais e étnico-raciais, pautada na promoção do desenvolvimento local sustentável de forma a garantir a preservação das culturas tradicionais.
Maria Noelci Homero é Bibliotecária, Coordenadora Técnica de MARIA MULHER – Organização de Mulheres Negras, Nohomero@mariamulher.org.brNohomero@cpovo.net.
Fernanda Souza de Bairros é Nutricionista, Mestre em Saúde Coletiva. Conselheira consultiva da ONG Maria Mulher e membro da Rede de Mulheres Negras para Segurança Alimentar e Nutricional. E-mail: febairros@uol.com.br
Regina Miranda é Nutricionista, Conselheira do CONSEA-Nacional e do CONSEA/RS, Especialista em Saúde Pública, Especialista em Saúde Comunitária, Conselheira consultiva da ONG Maria Mulher e membro da Rede de Mulheres Negras para Segurança Alimentar e Nutricional. E-mail: regimira@via-rs.netregsilmir@yahoo.com.br 

Graziano assume FAO e promete impulso à segurança alimentar


Data: 02/01/2012
O novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, que assumiu o cargo no último domingo (1º), pretende dar impulso à segurança alimentare nutricional, aumentando o apoio da instituição aos países com déficit alimentar, especialmente os que sofrem com crises prolongadas.
"Criaremos equipes que agrupem as capacidades da organização no assessoramento sobre políticas, planejamento de investimentos, mobilização de recursos, respostas de emergência e desenvolvimento sustentável", disse Graziano, em nota divulgada pela FAO.
Segundo ele, a erradicação da fome não deve se desligar dos outros desafios mundiais, como a recuperação das economias nacionais, a proteção aos recursos naturais e a adaptação às mudanças climáticas.
A nota ressalta que cerca de 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica e muitos países estão longe de alcançar o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio(ODM), que é reduzir pela metade, até o ano de 2015, o percentual de vítimas da fome e da pobreza extrema.
Entre os pontos defendidos por Graziano durante sua campanha para o cargo, e reforçados na posse, estão a erradicação da fome, a produção e o consumo sustentáveis de alimentos, a gestão mais justa dos alimentos em nível mundial, a conclusão da reforma organizacional da FAO para melhorar sua eficácia e transparência e a ampliação das alianças com a cooperação entre os países do Hemisfério Sul.
Graziano sucede ao senegalês Jacques Diouf, que ficou no cargo de 1994 a 2011. O novo ocupante do posto dará sua primeira entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (3). O brasileiro foi ministro de Segurança Alimentar do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi implantado o programa Fome Zero. Entre 2006 e 2011 esteve à frente da agência regional da FAO para a América Latina e o Caribe, sediada no Chile.
Fonte: Agência Brasil

Assinados decretos de desapropriações de terras para reforma agrária



O Diário Oficial da União de segunda-feira (26) publicou os primeiros decretos de desapropriação de terras para reforma agrária assinados pela presidenta Dilma Rousseff.  São 60 fazendas, em 13 estados, um total de 112,8 mil hectares para assentamento de 2.739 famílias sem-terra, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
"Estamos constituindo uma reforma agrária sólida, com possibilidades reais de sucesso", afirmou o ministro Afonso Florence. O ministério formulou os decretos com base em três critérios básicos: valor, capacidade e distância.
O valor das áreas a serem desapropriadas obedece a uma média histórica onde estão situados. Sobre a capacidade, cada área deverá assentar um mínimo de 15 famílias. Quanto às distâncias, as áreas devem estar próximas de estradas e em locais de fácil entrada de políticas públicas, para benefício das famílias assentadas.
De acordo com o ministro, a publicação desse decretos é o terceiro passo em busca do que o MDA considera "reforma agrária responsável". O primeiro passo foi deixar livre do contingenciamento - que atingiu toda a Esplanada dos Ministérios -, R$ 530 milhões do orçamento do Incra destinados à obtenção de terras nesse ano.
Ainda segundo o MDA, o segundo passo foi o reforço da dotação orçamentária de R$ 400 milhões para o Incra, valor aprovado pelo Congresso Nacional em  novembro, para esta mesma finalidade (obtenção de terras para fins de reforma agrária).
Fonte: com informações do MDA

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Graziano é empossado diretor geral da FAO

2 de janeiro de 2012


O ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome e economista José Graziano, de 62 anos, assumiu neste domingo (1º) o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ele ficará no cargo até julho de 2015.
 
Graziano tem o desafio de convencer os líderes da comunidade internacional a assumir a erradicação da fome como meta política. Nos últimos cinco anos, Graziano atuou na FAO como seu representante na América Latina e no Caribe.
 
Em 26 de junho do ano passado, ele foi eleito o novo diretor-geral da FAO com 180 votos contra 92. Na disputa, estava o ex-ministro de Relações Exteriores da Espanha Miguel Ángel Moratinos.
 
Como diretor-geral da FAO, Graziano tem pela frente vários desafios, um deles é enfrentar a fome que atinge 1 bilhão de pessoas no mundo. O novo diretor terá ainda de lidar com a tendência de alta dos preços dos alimentos, na próxima década, no momento em que a situação se agrava na região denominada Chifre da África, que fica no Nordeste do continente africano.
 
Para erradicação da fome e da pobreza no mundo, Graziano defende parcerias por meio de programas que já produzem resultados positivos em diferentes países e que, para ele, devem ser usados como meios para atenuar tensões e conflitos.
 
Graziano foi titular do Ministério da Segurança Alimentar no início da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e responsável pela implantação do Programa Fome Zero. Ele é formado em agronomia e com pós-doutorado em estudos latino-americanos pela Universidade da Califórnia e há pelo menos três décadas dedica-se aos estudos de questões relacionadas ao desenvolvimento rural e à luta contra a fome.
 
Fonte: com informações da Agência Brasil